quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

- Então por que você simplesmente não me toca?


Recebi dela o olhar mais doloroso que posso imaginar. A frieza e o calor em um só olhar, competindo, brigando e sangrando para ver quem me dominaria por completo. O frio venceu. Me gelou até os ossos, até que ela baixou as pálpebras. - É por isso que eu estou sempre certa, e você não cresce. Você acha que eu quero te tocar, Klaude? Sua voz me matava, mas estava trêmula. Ou eu achava que estava, coisa que foi um erro. Foi um erro achar, por um segundo, que alguma coisa nela não era brilhantemente calculada. - Acho. - gemi, ciente de que ganharia algum contato físico. - Pois eu quero que você ache. Quero que você deite em sua cama macia de noite, já com seu membro ereto, e imagine minha textura, meus cheiros e meu gosto. Coisas que eu não lhe entregarei nunca. A paixão me consumia. Sempre me consumiu, sabe? Eu sou um daqueles caras que pensa com a cabeça de baixo primeiro, com o coração depois, e nunca ouve os gritos do cérebro. Daquele tipo nojento de criança ingênua que entrega a alma e as noites de sono para a primeira dama com sangue frio e seios firmes que cruza seu caminho. Naquele momento, o sangue frio da dama estava lavando o meu rosto, e os seios firmes me tentando. A paixão falou mais alto, como sempre. - Pois eu quero que você vá se foder, Leah.


(Anônimo)

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